Os investimentos no Estado de São Paulo voltaram, no ano passado, aos níveis anteriores à crise econômica decorrente do fracasso da política econômica do governo Dilma Rousseff.
A Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), realizada pela Fundação Seade, estima que, em 2019, os investimentos na economia paulista alcançaram R$ 100,1 bilhões, praticamente o mesmo valor observado em 2015 (de R$ 101,6 bilhões), no início da crise.
A economia brasileira vem se recuperando da aventura lulopetista, mas o crescimento do PIB tem sido modesto, com expansão de 1,3% em 2017 e em 2018. O resultado de 2019 será conhecido nos próximos dias, mas não se espera um número maior que o dos dois anos anteriores.
Por isso, é muito expressivo o aumento de 80% nos investimentos anunciados em São Paulo no ano passado, na comparação com o ano anterior (R$ 55,7 bilhões).
Este é o terceiro maior valor anual da série iniciada em 1998. O recorde foi registrado em 2012, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando a economia brasileira ainda era fortemente beneficiada pela alta no mercado mundial dos principais produtos de exportação do País.
A Piesp baseia-se nos anúncios registrados pela imprensa de investimentos de empresas privadas e públicas. Esses anúncios são triados pela equipe da Fundação Seade e as informações são, depois, confirmadas e complementadas por contatos feitos com as empresas responsáveis pelos investimentos.
Desse modo, segundo seus responsáveis, a pesquisa aponta tendências setoriais e regionais da economia paulista, o que fornece mais elementos para decisões dos responsáveis pela aplicação de recursos privados e públicos.
Os números da indústria são os melhores desde que a Piesp começou a ser elaborada, há 22 anos. Os investimentos industriais somaram R$ 29,2 bilhões, dos quais mais de 75% foram destinados para os ramos automotivo (R$ 14,8 bilhões) e de celulose e papel (R$ 7,5 bilhões).
O setor que mais recebeu investimentos foi o de infraestrutura (R$ 53,4 bilhões), com destaque para eletricidade e gás, transporte aéreo e telecomunicações.
A Região Metropolitana de São Paulo foi a que absorveu o maior volume de investimentos (R$ 34,6 bilhões), seguindo-se as de Campinas, Santos e Sorocaba.
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