A equipe do BVMI confirmou que a descarbonização chegou ao topo da agenda da indústria siderúrgica, com aço verde e hidrogênio.
As produtoras de aço brasileiras desenvolvem projetos para reduzir suas emissões de dióxido de carbono (CO2).
Conteúdo do Artigo
As ações envolvem ampliar o uso de sucata metálica nos processos produtivos, emprego de gás natural, carvão vegetal e de energia de origem renovável.
Os resultados projetados apontam 20% de redução nas emissões atmosféricas.
A meta das principais siderúrgicas é alcançar essa marca até 2030.
Equipe InduXdata Field dentro do mercado
A equipe InduXdata Field visita os principais complexos industriais brasileiros diariamente, e confirma que a descarbonização completa da atividade, é um compromisso assumido pelo setor para 2050.
No entanto, depende de mudanças estruturais do parque industrial e a adoção de rotas produtivas que ainda estão em fase de amadurecimento tecnológico, como o uso de hidrogênio verde na alimentação energética dos altos-fornos.
A equipe InduXdata Field valida diariamente dezenas de multiprojetos com investimentos industriais no setor que superam R$ 190 Bilhões apenas no decorrer de 2023.
A indústria siderúrgica global responde anualmente por algo entre 7% a 9% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de origem antropogênica.
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Indústria siderúrgica no Brasil
No Brasil, devido ao impacto das queimadas florestais, a produção de aço contribui com cerca de 4% do total de emissões, segundo a 4ª Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC).
“É um índice alto e o setor está consciente e empenhado em sua redução”, diz Jefferson de Paula, presidente da ArcelorMittal e do conselho do Instituto Aço Brasil.
“É também uma necessidade mercadológica”, afirma Titus Schaar, presidente da Ternium. “Cada vez mais, grandes consumidores de aço, como a indústria automobilística, definem suas compras levando em consideração o inventário de carbono dos insumos.”
De acordo com a World Steel Association, a emissão atmosférica de GEE da indústria do aço vem aumentando no mundo.
Em 2021, chegou a 1,91 tonelada de CO2 por tonelada de aço bruto fundido.
Analistas internacionais avaliam que é resultado de uma maior participação de aço chinês no mercado, país que responde por mais de 50% da produção global e apresenta altos índices de emissões de poluentes.
No Brasil, a média de emissões é de 1,7 tonelada de CO2 por tonelada de aço produzido.
A performance nacional é resultado de uma participação de 11% de carvão vegetal, com origem em florestas plantadas, em substituição ao carvão mineral nos altos-fornos.
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Mini-mills no mercado brasileiro
Temos a participação de 22% na produção total proveniente de mini-mills, pequenas usinas que usam fornos elétricos para a transformação de sucatas.
As mini-mills emitem em média 0,67 tonelada de CO2 por tonelada de aço produzido, informa a World Steel, enquanto a tonelada de aço em altos-fornos emite 2,32 toneladas de CO2.
A maior produtora brasileira em mini-mills é a Gerdau, que tem 71% de sua produção originada no processamento anual de 11 milhões de toneladas de sucata metálica.
A empresa também possui 250 mil hectares de florestas plantadas que geram carvão vegetal para a produção em altos-fornos.
As duas estratégias permitem à companhia apresentar um índice geral de 0,89 tonelada de CO2 por tonelada de aço.
“Nossa meta é reduzir para 0,83 tonelada de CO2 por tonelada de aço até 2031”, diz o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck.
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Gerdau Next
As mini-mills são eletrointensivas. Em 2022, a divisão de novos negócios Gerdau Next assinou uma parceria com a Newave Energia com o objetivo de investir em projetos greenfield de geração eólica e solar com capacidade de 2,5 gigawatts (GW) até 2026.
Nas grandes usinas integradas, que usam minério de ferro em seus processos produtivos, o gás natural pode substituir parcialmente o uso de coque e do carvão mineral como combustível dos altos-fornos.
Gás natural na siderurgia
O BVMI confirmou que a utilização do gás natural emite 50% menos GEE do que o carvão mineral.
A siderurgia brasileira consome 3,4 milhões de m³ de gás natural em seus processos produtivos e poderia elevar esse consumo para 25 milhões de m³.
“Essa transição não ocorre devido ao alto custo do gás natural no Brasil”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Aço Brasil.
O gás natural no Brasil é comercializado na casa de US$ 16,8 por milhão de BTU (unidade de medida do gás).
Nos Estados Unidos e no México, o valor é de US$ 6,9 por milhão de BTU.
A ArcelorMittal, maior produtora de aço no Brasil, com capacidade total de produção de 12,5 milhões de toneladas anuais, tem planos para o uso de gás natural em suas unidades de Tubarão (ES) e Monlevade (MG).
A companhia, porém, ainda não decidiu levar adiante o projeto, devido aos preços do gás natural. “É impraticável”, diz De Paula. “Nosso aço não teria competitividade no mercado”, afirma.
Em média, as emissões da ArcelorMittal são de 1,6 tonelada de CO2 por tonelada de aço bruto produzido.
A produção em altos-fornos soma 11 milhões de toneladas e emite, em média, 1,6 tonelada de CO2 por tonelada de aço. “Vamos reduzir esse índice em 10% até 2030”, afirma De Paula.
A sucata já é misturada ao ferro-gusa em uma média de 27% nos altos-fornos da companhia.
Cada tonelada de sucata utilizada evita a emissão de 1,5 tonelada de CO2.
A empresa agora elabora um cronograma para incorporar progressivamente o carvão vegetal nas unidades de Tubarão e Monlevade.
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Ternium investe R$ 500 Milhões
A Ternium, em sua unidade em Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro, tem capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de aço por ano.
As emissões são de 2,2 toneladas de CO2 por tonelada de aço produzido em seus altos-fornos.
A meta é reduzir as emissões para 1,8 tonelada de CO2 até 2030 por meio de investimentos estimados em R$ 500 Milhões, projetos que clientes InduXdata estão participando de forma direta em todas as suas etapas.
Em 2019 a empresa foi pioneira no mundo ao adotar o biometano como fonte energética de seu alto-forno e o uso de gás natural é uma possibilidade que aguarda viabilidade econômica.
“A próxima ação é um investimento de R$ 150 milhões em equipamentos que irão permitir à empresa utilizar até 60 mil toneladas de sucata por mês em seu processo produtivo” diz Titus Schaar.
Em março, a Ternium assumiu o controle da Usiminas e uma das primeiras missões do novo CEO, Marcelo Chara, é desenvolver um plano de descarbonização da companhia.
“Os principais pilares vão ser eficiência energética, o uso de gás natural, se conseguirmos preços competitivos, e maior uso de sucata”, afirma Chara.
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Vale do Aço e descarbonização
A descarbonização é uma ação que ganhou caráter de urgência na companhia, após a Justiça de Minas Gerais bloquear recursos da empresa em setembro por conta da poluição atmosférica na unidade de Ipatinga, na região do Vale do Aço.
Na Aperam, produtora de aço inox, os dois altos-fornos da usina de Timóteo (MG), que tem capacidade instalada para 900 mil toneladas de aço líquido.
Eles já operam exclusivamente com carvão vegetal de origem em florestas plantadas Em 2022, a unidade registrou emissão de 0,32 tonelada de CO2 por tonelada de aço.
“Vamos reduzir em 30% as emissões até 2030 e atingir o carbono neutro em 2050”, diz Frederico Ayres Lima, diretor-presidente da companhia na América do Sul.
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Redução das emissões de gases
Em meio a uma corrida pela redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, a indústria siderúrgica persegue o que batizou de aço verde.
Ele é produzido com pegada de carbono praticamente nula e que tem o hidrogênio verde como insumo estratégico.
Esse gás combustível é produzido com água através de uma reação química iniciada com energia elétrica gerada por fontes renováveis, principalmente solar e eólica.
Na siderurgia, ele pode substituir o coque, um tipo de carvão, no processo de transformação do ferro em aço.
Cerca de 70% do aço produzido no mundo usa o coque, cuja queima gera gás carbônico – 3,3 toneladas de CO2 por tonelada produzida -, que contribui com o aquecimento global.
Produção com hidrogênio
A produção com hidrogênio, por sua vez, gera água; o oxigênio da molécula do minério de ferro combina-se com o gás num forno elétrico e vira vapor, com emissão residual de carbono.
Segundo a consultoria britânica Wood Mackenzie, a indústria siderúrgica mundial precisará investir US$ 1,4 trilhão (cerca de R$ 6,8 trilhões) para adequar-se, até 2050, ao Acordo de Paris.
Para consultoria, 90% das emissões do setor precisam ser cortadas, e o hidrogênio verde será importante para isso.
A Wood Mackenzie estima que 50 toneladas do combustível serão necessárias à siderurgia por ano.
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Produção do hidrogênio verde
A produção do hidrogênio verde hoje é basicamente experimental, segundo Frederico Freitas, diretor da H2 Verde e pesquisador do combustível.
Um complexo para produção em estruturação no Porto de Pecém (CE) deve gerar 2 milhões de toneladas de hidrogênio verde por ano a partir de 2030.
O complexo chamou atenção da ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo, que comprou a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), um negócio de US$ 2,2 bilhões (R$ 10,7 bilhões).
“Existe um potencial significativo para descarbonizar o ativo, dada a ambição do Estado do Ceará de desenvolver um hub de hidrogênio verde de baixo custo e o enorme potencial que a região tem para a geração de energia solar e eólica”, declarou o presidente da ArcelorMittal, Aditya Mittal, em julho do ano passado, quando o acordo foi anunciado.
A companhia já conseguiu produzir aço com hidrogênio verde no Canadá e desde 2021 integra um consórcio de empresas dedicado a cortar emissões com o uso de hidrogênio na indústria.
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Universidade para o Aço Verde
A Gerdau, que já produz aço emitindo menos da metade da média do setor, monitora o avanço da tecnologia, diz seu diretor industrial, Maurício Metz.
A empresa fechou acordo com uma universidade americana para analisar o uso do hidrogênio também para substituir o gás natural no processo de fabricação do aço.
O nome da universidade é mantido sob sigilo.
A Vale fechou acordo com a sueca H2 Green Steel para produzir aço com hidrogênio verde.
A brasileira deve fornecer ferro a futuros complexos industriais no país e América do Norte nos quais a H2 Green Steel pretende atuar.
Já a sueca levantou € 1,5 bilhão (R$ 7,8 bilhões) para construir sua primeira fábrica, em Boden, em seu país natal.
A empresa tem parceria com o conglomerado de energia Iberdrola, da Espanha, que controla a Neoenergia, que atua no Brasil.
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Potencial do Aço Verde no Brasil
Para o presidente da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, o Brasil tem “grande potencial” de desenvolver o aço verde devido à matriz energética majoritariamente renovável e por ser o segundo produtor mundial de minério.
Vinicius Botelho, pesquisador do Centro de Estudos de Energia da Fundação Getulio Vargas (FGV Energia), também vê o país bem posicionado, mas diz que há desafios a serem superados.
“Precisamos saber se o hidrogênio terá um custo competitivo, resolver questões de armazenagem, gasodutos, etc”, listou.
Biocarbono na siderurgia
Há empresas que apostam que o aço verde não será massificado por meio do hidrogênio.
Tadeu Carneiro, presidente da Boston Metal, é taxativo sobre isso.
“O hidrogênio verde não será a rota predominante”, afirma. A Boston Metal trabalha no desenvolvimento da eletrólise de óxido fundido, pela qual também produz ferro com baixas emissões.
A empresa tem uma planta piloto em Woburn, nos Estados Unidos, e pretende produzir em escala industrial a partir de 2026.
Ela também tem uma fábrica em Coronel Xavier Chaves (MG) para produção de ferroligas de alto valor.
Recebeu US$ 6 milhões (R$ 25,3 milhões) em investimento da Vale em 2021.
Já a Aço Verde do Brasil (AVB) faz aço com biocarbono, carvão oriundo de florestas plantadas, descreve Sandro Marques Raposo, diretor de ESG e novos negócios da companhia, certificada como carbono neutra pela Société Générale de Surveillance (SGS), da Suíça.
“O uso de biocarbono na siderurgia é a tecnologia de descarbonização mais consolidada e testada disponível no mercado”, diz Raposo.
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Cliente InduXdata vende mais na indústria siderúrgica
Todas as empresas que aparecem neste artigo técnico, possuem milhões em projetos industriais validados, com a participação direta de clientes ativos InduXdata.
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Fonte – BVMI – Equipe InduXdata Field/Br
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