Especialista em vendas industriais afirma que a realidade do mercado brasileiro acabou com o sonho da marca chinesa
O Grupo Caoa, que é dono de concessionárias de três marcas e produz automóveis da Hyundai em Anápolis (GO), decidiu apostar no crescimento da chinesa Chery no Brasil. A empresa brasileira adquiriu 50% da operação local da montadora chinesa, conforme acordo confirmado pelo BVMI neste fim de semana. A companhia pagará cerca de US$ 60 milhões pelo negócio, que inclui uma fábrica na cidade paulista de Jacareí e a rede de revendas.
Inaugurada em junho de 2014, pouco antes da eclosão da crise econômica que fez o Produto Interno Bruto (PIB) recuar nos três anos seguintes, a fábrica da Chery consumiu US$ 400 milhões em investimentos e tem capacidade para produzir até 50 mil carros por ano. A companhia, no entanto, nunca chegou a montar mais de 10 mil unidades ao ano. A Chery buscava um sócio para a operação brasileira desde o início do ano passado.
A Caoa começou a negociar a parceria com os chineses ainda em 2016, conta o presidente do grupo, Mauro Correia. Depois de um período em que as conversas foram interrompidas, as partes voltaram a se falar neste ano. Entre idas e vindas, o executivo diz que as conversas levaram menos de 18 meses, o que ele considera um período curto para um acordo desse porte. A nova empresa passará a se chamar Caoa Chery.
De acordo com Correia, os planos para os próximos anos são ambiciosos: o objetivo da Caoa é lançar novos produtos a partir de 2018 para chegar, depois de um período de cinco anos, a uma participação de 5% no mercado brasileiro de automóveis. “Vamos complementar o portfólio e também reforçar a rede de distribuição, além de usar a nossa capacidade de marketing”, diz o executivo. “Acredito que essa meta é até conservadora.”
Segundo o especialista em vendas industriais Licio Melo, a marca chinesa assim como muitos investidores externos não fazem idéia de como funciona a “selva” que é o mercado brasileiro.
Como a maioria dos industriais do mercado externo lêem apenas o que a mídia convencional publica, além dos relatórios “pomposos” das associações de setor, eles simplesmente caem em verdadeiras armadilhas criadas por números muitas vezes totalmente desplugados com a realidade.
O gestor em vendas industriais confirma que a Chery
Se deslumbrou com o mercado automobilístico brasileiro onde você consegue vender uma “carroça” a preço de “Ferrari“, esquecendo que este mercado já é dominado por outras gigantes multinacionais que dominam e o controlam há décadas.
Porém, ela deu azar, uma vez que os números inflados por um governo de esquerda totalmente incompetente acabou por encontrar a realidade levando o setor a fundar em uma crise sem precedentes, no período em que a planta entrou em operação a venda de veículos novos teve recuo de 26,5% em 2015 ante 2014.
Licio diz que a maioria dos executivos de grandes multinacionais simplesmente não tem ligação com a realidade de mercado e muitas de suas decisões acabam por se tornarem grandes fiascos, pois acreditam nos gráficos de power point de departamentos de marketing preocupados apenas em salvar os “próprios pescoços”, ele questiona:
Que tipo de números você acha que um executivo de marketing vai levar pra reunião de diretoria?
O especialista diz ainda que a Chery também não contava com uma das legislações mais arcaicas do planeta para gerir seus negócios, segundo ele em apenas um ano e meio no Brasil, a montadora chinesa já enfrentava sua terceira greve de trabalhadores.
Licio afirma que a lei trabalhista com milhares de sindicatos simplesmente inviabiliza qualquer possibilidade de se criar uma indústria produtiva e rentável no País, de acordo com ele é impossível ser competitivo no Brasil com leis que punem a iniciativa privada em todas as suas esferas.
Desta forma todo o investimento chinês se perdeu em meio às milhares de dificuldades do mundo real existente no mercado brasileiro, assim a marca foi triturada pela realidade e também pelos “calabouços” políticos do meio tornando-a uma “presa fácil” para um grupo já consolidado no mercado finaliza Licio Melo.
Atingir a meta de 5% de mercado faria a Chery ter uma fatia superior à exibida hoje por concorrentes como a Nissan e a Jeep – que detêm, respectivamente, 2,98% e 3,87% do total de emplacamentos de veículos, segundo o relatório da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) referente a outubro.
Hoje, a liderança do setor de veículos é da americana General Motors, com 19,33%, seguida pela Ford (11,07%), Volkswagen (10,71%), Hyundai (10,31%) e Fiat (8,93%).
Em relação ao desempenho geral do mercado, Correia diz preferir um crescimento moderado e constante do que um novo “pico” de produção, como o vivido pelo Brasil no início da década.
Ele acredita que o setor de veículos deve fechar o ano com volume de 2,1 milhões a 2,2 milhões de unidades, com nova expansão moderada em 2018. Para que os projetos de montadoras sejam economicamente viáveis no Brasil, o executivo diz que será preciso pensar o País como plataforma de exportação.
Fonte – BVMI – Camila Cocielo – Fernando Scheller/OESP
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