Investimento deve gerar 2,5 mil empregos e capacidade instalada será duas vezes maior do que a da Termopernambuco
A empresa catarinense CH4 Energia faz planos de instalar uma usina termelétrica a gás natural no Porto de Suape, com investimento de R$ 4,5 bilhões e geração de 2,5 mil empregos durante a construção e 280 na operação. Batizada de Termelétrica Ressurreição, a expectativa é começar a obra em dezembro de 2019 e iniciar a operação comercial em janeiro de 2024.
A companhia protocolou em Suape um documento com manifestação de interesse para arrendar uma área de 15,7 hectares no complexo, mas a concretização do empreendimento vai depender da realização do polêmico leilão de termelétricas para o Nordeste, que vem enfrentando resistência dentro da equipe de energia do governo Federal.
“Existe a expectativa de que o Ministério de Minas e Energia realize um leilão até o final deste ano. Para se habilitar ao leilão, as empresas precisam apresentar a intenção de arredamento da área onde será instalado o empreendimento. Em alguns Estados as embarcações precisam ficar atracadas em alto-mar, o que dificulta a operação. No caso de Suape, os navios já atracam num píer, mais próximo dos dutos”, compara o presidente do Porto de Suape, Carlos Vilar.
O projeto da CH4 Energia é construir uma usina termelétrica (UTE) com potência de 1.370 megawatts (MW). Para efeito de comparação, a Termopernambuco (uma das maiores em operação no Nordeste), tem uma potência instalada de 532,7 MW.
Em função do porte da nova térmica, o terminal de gaseificação de GNL (gás natural liquefeito) é indispensável para garantir suprimento à térmica. Nesse tipo de projeto, o GNL chegará em navios criogênicos, numa temperatura muito baixa (-163°C), que faz com que o gás fique em estado líquido.
Depois ele voltará ao estado gasoso e será transportado por meio de gasodutos. O processo de regaseificação acontece a bordo do navio. Em função da alta demanda para a operação, o gás natural será importado.
Na justificativa para fazer o investimento, a CH4 Energia destaca a necessidade de renovação da matriz energética brasileira, da complementaridade às fontes intermitentes, da relevância de reconstituir os níveis dos reservatórios do Rio São Francisco e da sustentabilidade por usar uma fonte limpa na geração.
Justificativas semelhantes são usadas por parte da equipe de energia do governo Federal que defende a realização de um leilão de térmicas na região Nordeste. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a geração térmica reponde por 25,81% da matriz nacional, atrás apenas das hidrelétricas que concentram 60,19%.
Atualmente existem 3 mil termelétricas em operação no Brasil, com potência instalada de 42.986 MW, além de 27 estão em construção e outras 118 em fase de projeto. Do total nacional, 364 usinas estão no Nordeste.
A ideia de fazer um leilão de termelétricas ganhou reforço em agosto, durante a realização em agosto do leilão A-6 quando a fonte ficou de fora.
No time dos que defendem o leilão das térmicas, o argumento é garantir a segurança energética e a estabilidade da rede na região, enquanto o outro grupo acredita que o mais importante é investir na expansão da rede de transmissão e numa maior integração do Nordeste nesta rede conectada ao País.
Outra justificativa para a realização do leilão de térmicas no Nordeste é a necessidade de substituir as usinas movidas a óleo combustível (mais poluentes) por unidades à base de gás natural.
A diretoria da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tem argumentado que o cenário de escassez hídrica e a dependência das energias renováveis podem comprometer a segurança energética do Nordeste.
A argumentação é de que as renováveis têm uma instabilidade, como a eólica, que tem picos de geração e outros momentos de menor funcionamento.
Em Pernambuco, fica a expectativa de realização do leilão para viabilizar a megatermelétrica Ressurreição e investimentos de menor porte, como os da Gasen e CHPK, que também assinaram contrato de arrendamento com o Porto de Suape.
A primeira assinou contrato de R$ 24,2 milhões, e a segunda de R$ 30 milhões, as duas com um prazo de 25 anos. Suape já chegou perto de ter outra grande térmica a gás do grupo Bolognesi, que em 2014 anunciou um investimento de R$ 3,5 bilhões, mas acabou levando a usina para o Porto de Açú, no Rio de Janeiro.
Fonte – BVMI – Adriana Guarda/Jornal do Commercio
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