Empresa também inaugurou uma fábrica exclusiva para a tecnologia Cleantec
A Eliane Revestimentos Cerâmicos iniciou ontem as atividades de sua nova Planta Industrial em Cocal do Sul (SC).
A companhia investiu diretamente cerca de R$ 180 milhões na nova unidade e também na construção de um centro de distribuição no mesmo local.
Em outubro de 2018, a totalidade da Eliane foi vendida ao grupo americano Mohawk Industries, em uma transação que envolveu a venda de 100% das ações da indústria catarinense para o grupo norte-americano.
Diferentes fatores foram determinantes para a negociação, sendo as principais a expansão do market share mundial, a capacidade de investimento e a perenidade da marca Eliane no mercado local e global. Até então, a empresa pertencia à família Gaidzinski e à gestora Kinea.
“A Mohawk Industries possui extenso know-how no mercado cerâmico. Este investimento vem para ampliar a capacidade de implementação dos planos de crescimento da Eliane e a incorporação de novas tecnologias, mantendo o compromisso de apresentar produtos únicos em relação à qualidade, inovação e soluções completas. A empresa tem uma oportunidade única de poder fazer um intercâmbio de tecnologia, melhores práticas nas mais variadas áreas com as mais renomadas empresas do setor cerâmico mundial sob a tutela da matriz Mohawk. Além disso, esta expansão favorece à perenização da marca Eliane Revestimentos para que ela continue liderando o setor por muitos mais anos, agora associada à força da maior fabricante de cerâmica do mundo. A história da Eliane não termina aqui, ela começa agora um novo ciclo”, explicou na época Edson Gaidzinski, diretor presidente da Eliane Revestimentos.
A Eliane é uma das três maiores fabricantes de revestimentos cerâmicos do país, juntamente com a líder Portobello e com a Duratex, a qual atua, no segmento, com as marcas Portinari e Ceusa.
A companhia apresentou na 14ª Expo Revestir um dos produtos mais inovadores ligados à sustentabilidade na cerâmica mundial: o Cleantec. A tecnologia é patenteada pela japonesa Toto, empresa que certificou todo o processo de implementação do Cleantec dentro do parque industrial do Grupo Eliane, autorizando a produção do produto no Brasil.
Com exclusividade na produção em território nacional, o produto realiza um processo semelhante à fotossíntese, transformando gás carbônico em oxigênio. A tecnologia – uma camada invisível a olho nu – utiliza óxidos de metais nobres aplicados na superfície cerâmica para fachadas, paredes e pisos.
Na presença de luz natural ou artificial, uma reação química o torna autolimpante – aproveitando a água da chuva para eliminar a sujeira das fachadas -, além de retirar da atmosfera gases que provocam o efeito estufa.
Testes de laboratório comprovam que uma casa de 150m² revestida com Cleantec purifica o ar em uma proporção equivalente a uma floresta do tamanho de quatro quadras de tênis (equivalente a 1000m²). A mesma casa é capaz de purificar o ar poluído gerado por 12 carros percorrendo 30 km por dia.
Em ambientes internos, além de facilitar a limpeza, o produto reduz o crescimento de bactérias, fungos e microorganismos que causam odor, mancha ou mofo, reduzindo o risco de doenças alérgicas.
“A ação inovadora do Cleantec também se torna uma grande aliada no combate às doenças. Testes que medem a efetividade contra bactérias como a E.Coli, Staphylococcus Aureus, MRSA e Influenzae mostraram resultados efetivos, com aproximadamente 100% das bactérias mortas em quatro horas”, explica a gerente da Eliane Técnica, Karina Campos.
Presente em mais de 170 países – com unidades fabris em 19 deles –, a Mohawk também atua nos segmentos de vinílicos e carpetes, contando com aquisição de 42 empresas desde 1992, mais de 25 mil clientes e 39 mil funcionários no mundo.
Somente em 2017, o conglomerado somou cerca de U$9,5 bilhões em vendas – sendo U$1,9 bilhões EBTIDA – em operações na Austrália, Europa, Malásia, México, Nova Zelândia, Rússia e EUA. Ao alinhar sua estratégia à Eliane, a Mohawk passa a ganhar grande visibilidade e força no Brasil, mercado no qual não atuava até então.
Sendo o Brasil terceiro maior país consumidor e fabricante de cerâmica do mundo, a aquisição da catarinense pela norte-americana vem em um momento ímpar, já que cerca de 80% de seu faturamento vem das negociações no mercado nacional.
Fonte – BVMI – Assessoria Empresa
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