Com ação farmacêutica pretende reforçar estratégia de expansão no segmento veterinário
A farmacêutica nacional Biolab confirmou investimento de R$ 450 milhões em uma nova fábrica. O laboratório de medicamentos será construído em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais, e terá capacidade para produzir 200 milhões de unidades de medicamentos por ano.
A Biolab é uma das maiores farmacêuticas de capital nacional, com faturamento de R$ 1,25 bilhão em 2016, de acordo com a consultoria IMS Health. Segundo a empresa, a nova unidade será projetada também para atender o mercado externo. Do investimento projetado, 40% serão bancados com recursos próprios, e o restante será captado no mercado.
As operações do novo complexo industrial devem começar a partir de 2020, ainda de forma parcial. O grupo, que tem três unidades produtivas, todas no Estado de São Paulo, ganhou incentivos fiscais do governo mineiro para construir sua nova unidade.
Entre 2009 e 2012, o setor farmacêutico viveu um “boom” de investimentos, com a construção de novas unidades e também com movimentos de fusões e aquisições, sobretudo de multinacionais que buscavam laboratórios produtores de medicamentos genéricos.
Líder em medicamentos de prescrição voltados para cardiologia e com atuação em pediatria, ginecologia e ortopedia, a Biolab também está se preparando para expandir sua atuação no segmento veterinário. Atualmente, essa divisão de negócio representa 1% da receita total do grupo, mas deverá ter relevância maior nos próximos três anos.
O mercado veterinário voltado para animais de pequeno porte tem crescido no Brasil e esta será a aposta do grupo, segundo Cleiton Castro Marques que é sócio e presidente do grupo.
“O segmento de animais de grande porte tem margens menores e é mais competitivo.”
A Biolab, assim, segue o mesmo caminho de outros grupos, como as nacionais Eurofarma e a União Química. Ele disse que a atual crise econômica e política do País não afetou os planos da companhia. “Apesar da crise, o setor farmacêutico deverá crescer 8% este ano. A expectativa é de que as vendas da Biolab aumentem entre 8% e 10%.”
Na contramão de parte do setor farmacêutico, que tem olhado com atenção o segmento de dermocosméticos, a Biolab não quer ampliar sua atuação nessa área. Interessa a Marques atuar em dermatologia, mas para medicamentos prescritos.
A Biolab tem 276 pedidos de patentes em várias áreas da saúde, inclusive em inovação radical. Não interessa ao grupo farmacêutico entrar no segmento de medicamentos genéricos (cópias de remédios que perderam a patente). “Nosso foco será em inovação”, disse o empresário.
Fonte – BVMI – Licio Melo – Mônica Scaramuzzo/OESP
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