Vale, ArcelorMittal, Petrobras e Fibria tomam novo fôlego para investir no Estado
O marasmo nos investimentos, que tomou conta do cenário econômico capixaba e nacional nos últimos três anos, começa a ficar para trás juntamente com a mais grave crise da história brasileira.
Com a recuperação, ainda que lenta, de alguns indicadores econômicos, e a perspectiva de que em 2018 o país cresça cerca de 3%, grandes empresas que atuam no Estado começam a tirar da gaveta projetos estratégicos.
Juntas, Vale, ArcelorMittal Tubarão, Fibria e Petrobras vão investir a partir do ano que vem R$ 10,8 bilhões, recursos que vão para a construção de empreendimentos e para a melhoria de processos produtivos.
O pontapé inicial será dado pela Vale que, já no primeiro trimestre de 2018, irá religar as usinas de pelotização 1 e 2 de Tubarão, desativadas desde novembro de 2012. Para que elas retornem com o mesmo nível de automação e atualização tecnológica das demais plantas, serão investidos R$ 105 milhões.
“Os estudos que a empresa vinha desenvolvendo demonstraram a viabilidade técnica e financeira da retomada, devido principalmente ao aquecimento do mercado mundial de pelotas”, informou a companhia, acrescentando que as duas plantas têm capacidade de produzir 6,2 milhões de toneladas por ano.
A ArcelorMittal Tubarão também planeja incrementar a sua capacidade produtiva nos próximos três anos, passando de 7,2 milhões de toneladas de aço anuais para 7,7 milhões. Para isso, irá investir US$ 60 milhões (cerca de R$ 200 milhões) no processo produtivo da aciaria, onde o ferro-gusa é transformado em aço.
Para o médio e longo prazo, o presidente da ArcelorMittal Tubarão, Benjamin Baptista Filho, diz que mais negócios estão por vir, como um segundo Laminador de Tiras a Quente (LTQ) e a inclusão de uma linha de laminados de tiras a frio e outra de galvanização. Os valores para esses investimentos, entretanto, não foram divulgados por ele.
As oportunidades no mercado externo também têm sido uma alavanca para a Fibria avançar no projeto da fábrica de biopetróleo, que será construída em Aracruz. A produção – feita a partir das cascas e resíduos da madeira de celulose – será voltada para o mercado americano.
Segundo o diretor de Estratégia e Novos Negócios da companhia, Vinícius Nonino, a definição do empreendimento irá acontecer até o segundo trimestre do ano que vem. E a previsão é que sejam investidos mais de R$ 500 milhões e criados 1.000 empregos em áreas da construção, florestal e industrial.
Para além desse empreendimento, a Fibria juntamente com a Cenibra – controladoras de Portocel – vão investir R$ 1,7 bilhão na ampliação do terminal de Barra do Riacho, o que deve acontecer em quatro etapas nos próximos anos.
No curto e no médio prazo, quem também irá injetar cifras bilionárias na economia é a Petrobras, que prevê US$ 2,5 bilhões (R$ 8,3 bi) em investimentos até 2021 em atividades de exploração e produção de óleo e gás. Entre esses negócios, está a instalação de um navio-plataforma, o Integrado Parque das Baleias, no Litoral Sul.
O volume expressivo de investimentos da estatal reforça por que o segmento de petróleo e gás é um dos mais importantes na economia capixaba, representando cerca de 15% do PIB do Espírito Santo. Aliás, esse setor deve ganhar força diante dos recentes leilões realizados, que trouxeram gigantes como a americana ExxonMobil e a chinesa CNOOC para atuarem no Estado.
Diante do desempenho desses setores, a indústria já projeta crescimento de 4,5% neste ano e, para 2018, a previsão do presidente da Federação das Indústrias (Findes), Léo de Castro, é que haja uma retomada dos empregos, da arrecadação e do crescimento. “Nosso olhar é muito otimista para frente.”
Mais empregos e negócios na cadeia de fornecedores
A concretização de projetos importantes das grandes empresas que atuam no Estado, como Vale, Petrobras, Fibria e ArcelorMittal Tubarão, irradiam impactos positivos por vários setores. O resultado disso é revertido em postos de trabalho, aumento da renda da população e mais demanda para empresas prestadoras de serviços.
Com os investimentos dessas gigantes, a expectativa é que para além dos empregos diretos gerados por elas, outros 4 mil indiretos sejam criados nas cadeias de fornecedores, com oportunidades que alcançam os diversos níveis de escolaridade.
A estimativa é do consultor da DVF, Durval Vieira de Freitas. Segundo ele, para o ano que vem esses negócios anunciados pelas empresas de mineração, petróleo, celulose e siderurgia já devem começar a movimentar cadeias como a da metalmecânica e a da construção civil, gerando de 1 mil a 2 mil chances no mercado de trabalho.
“Mas o pico deve ser entre 2019 e 2020, quando teremos de 3 mil a 4 mil empregos”, diz ao citar que a partir do ano que vem será a hora de parar com as demissões e inverter a curva do desemprego.
O economista e sócio-diretor da Futura, Orlando Caliman, frisa que os empreendimentos de empresas-âncora são capazes de gerar um fluxo de riqueza para toda a economia. “Esses projetos irradiam impactos positivos nas diversas cadeias. São mais empregos, melhores salários e demanda por serviços. Tudo isso vai criando um ambiente virtuoso e favorável ao crescimento.”
Competitividade
Durval Freitas chama atenção para os projetos que serão realizados na ArcelorMittal Tubarão – com investimentos no processo da aciaria – e na Vale, onde as duas usinas mais antigas da planta de Tubarão serão religadas.
“Ambos os investimentos estão ligados a melhorias operacionais e à busca pelo aumento da produtividade”, observa.
Ainda de acordo com o consultor, esse caminho para ter mais competitividade no mercado é irreversível e deve ser replicado por outras empresas, independentemente do porte e do setor de atuação. “A concorrência está muito acirrada. E não é só entre as empresas capixabas, mas com companhias de outros Estados e também com o mundo. Por isso, quem não for competitivo, não terá espaço”, enfatiza Freitas.
Fonte – BVMI – Beatriz Seixas/Gazeta Online
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