A J. Macêdo, fabricante de alimentos dona das marcas Dona Benta, Sol e Petybon, vai aumentar o ritmo de seu plano de investimentos de R$ 500 milhões, em realização desde 2015. Nos últimos dois anos, a companhia investiu R$ 170,4 milhões na modernização de suas fábricas, com foco especial na unidade de São José dos Campos (SP) e na construção de dois silos no moinho de Fortaleza, com capacidade de armazenagem de 40 mil toneladas de trigo.
Neste ano, a companhia vai investir R$ 350 milhões na modernização das outras fábricas que possui em Fortaleza, Maceió, Salvador, Simões Filho (BA) e Londrina (PR), bem como na modernização da estrutura de recepção portuária em Salvador. Os investimentos serão feitos com recursos do BNDES e financiamentos bancários.
Luiz Henrique Lissoni, presidente da J. Macêdo, estima que esses aportes vão proporcionar melhoria na eficiência das fábricas, elevando a capacidade produtiva de 7% a 10%, sem aumento no número de linhas de produção.
O executivo acrescentou que a companhia pretende ampliar a capacidade de armazenagem de trigo nos silos de Fortaleza e Salvador. “Com o aumento da capacidade de armazenagem, a companhia vai poder trabalhar melhor o estoque, aproveitando momentos de baixa nos preços do trigo”, afirmou.
A expectativa do presidente da J. Macedo é realizar a maioria dos investimentos neste ano, e investir “alguns milhões” em ajustes na primeira metade de 2018. Em 2016, a companhia registrou uma queda de 20,7% no lucro líquido, para R$ 69,3 milhões. O recuo deveu-se ao aumento nas despesas financeiras líquidas relacionadas a derivativos. O resultado financeiro foi negativo em R$ 46,5 milhões em 2016, ante R$ 400 mil em 2015.
No ano, a receita líquida da companhia cresceu 12,4%, para R$ 1,65 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 13,1%, para R$ 157,7 milhões. O desempenho ficou acima da média do mercado. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), o setor cresceu 4,3% em receita no ano passado, chegando a R$ 38,86 bilhões.
Lissoni considerou positivo o crescimento de dois dígitos na receita e no Ebitda da companhia. Ele ponderou que, devido à crise econômica no país, os consumidores optaram por trocar marcas de produtos de preços mais altos por outros mais baratos. “O que tentamos fazer foi ajustar melhor a oferta de produtos e marcas. Em mercados onde caiu muito a procura por marcas de valor mais alto, como Dona Benta, reforçamos a oferta de marcas de combate, como Brandini e Boa Sorte”, disse.
Lissoni disse que não vê ainda sinais de melhora no cenário de consumo no Brasil, mas que a companhia vai investir na ampliação de linhas de misturas para consumidores e de farinhas especiais para consumidores e fabricantes do setor de panificação. Entre as novidades para o consumidor que chegam ao varejo em breve estão misturas para preparação de cookies, bolo floresta negra e brownies.
A J. Macêdo também vai reformular as embalagens da marca Petybon e desenvolver novas linhas de massas secas. Futuramente, a companhia estuda entrar no mercado de biscoitos prontos. “Vamos testar primeiro este mercado com a mistura para fazer em casa”, disse Lissoni.
Fonte – BVMI – Licio Melo – Cibelle Bouças/Valor
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