Companhia lança 3 escavadeiras e amplia atuação no segmento de 50% para 85%
A fabricante JCB quer aumentar sua fatia no mercado de máquinas nos próximos anos e está investindo no País. “São R$ 50 milhões neste biênio 2017-2018. Além da renovação de produtos queremos consolidar a rede de distribuidores e fortalecer o pós-venda”, afirma o presidente da companhia para a América Latina, José Luís Gonçalves.
A empresa ampliou sua linha de escavadeiras hidráulicas. Em vez de um modelo (para 20 toneladas) agora são três: JS210, de 21 toneladas, JS220LC, de 22 toneladas, e JS235LC, de 23,5 toneladas. “Antes cobríamos 50% do mercado nacional, agora são 85%”, estima o executivo. Todas são equipadas com motor JCB de 173 cavalos.
“Queremos dobrar nosso faturamento em 2018. E até 2020 teremos pelo menos um lançamento por ano”, garante Gonçalves. As novas escavadeiras e outras máquinas JCB estão expostas na 24ª Agrishow, principal feira agrícola do País que ocorre até o dia 5 em Ribeirão Preto (SP).
“Apesar do uso mais difundido na construção, a participação das escavadeiras no campo saltou de 5% em 2014 para 14% em 2016”, recorda o diretor de vendas e marketing, Alisson Brandes.
Ele se refere a um número divulgado pela Abimaq, entidade que reúne fabricantes do setor. No agronegócio as escavadeiras hidráulicas são empregadas em trabalhos complementares e também na abertura de valas e açudes, por exemplo.
A JCB atua no Brasil com uma fábrica de 40 mil metros quadrados de área construída em Sorocaba (SP) em 2012, onde foram investidos R$ 400 milhões. Lá são produzidas escavadeiras, retroescavadeiras e carregadeiras. “São cinco linhas nacionais com mais de 20 modelos, que respondem por 80% de nossas vendas. Temos também outras seis linhas importadas com 18 modelos”, diz o presidente da JCB.
Como o principal mercado dos equipamentos da JCB é a construção civil, o executivo sabe que ainda vai amargar um período difícil este ano: “A previsão é de queda de 15% em relação a 2016.” A falta de licitações e de novas obras de infraestrutura reduziu bastante as encomendas do setor.
A unidade de Sorocaba tem capacidade instalada para 6 mil máquinas por ano, mas produziu cerca de 1,5 mil em 2016: “E metade disso é para exportação”, afirma Gonçalves. A empresa conta atualmente com 280 funcionários, o equivalente a um terço do que já empregou.
Fonte – BVMI – Licio Melo – Mário Curcio/AB
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