Aquisição tem como META atingir R$ 500 MILHÕES em FATURAMENTO até o fim de 2023
O BVMI acaba de confirmar com a gestora de private equity GEF Capital Partners o seu primeiro investimento no setor de agronegócio no mercado nacional, com a compra de 60% da fabricante de fertilizantes Café Brasil.
Entre dinheiro que vai capitalizar a companhia e capital que irá para os sócios fundadores da Café Brasil, a GEF desembolsou R$ 90 milhões.
As tratativas foram iniciadas no fim do ano passado, mas chegaram a ser suspensas com o início da pandemia.
“Para nossa surpresa, o agronegócio foi muito resiliente, o que confirmou nosso interesse em entrar na companhia”, afirma Alexandre Alvim, sócio da GEF.
Com crescimento de 30% ao ano, a Café Brasil e seu novo sócio definiram como meta chegar a R$ 500 milhões em faturamento ao final de 2023.
O principal produto da companhia é o fertilizante de liberação lenta, que permite que a planta absorva nutrientes à medida que tenha necessidade e que cresce.
“Isso tem dois benefícios principais, que é a aplicação por um número menor de vezes e o ganho de produtividade”, explica Alvim.
Em vez de três aplicações por plantio, a aplicação é feita uma única vez.
“O impacto ambiental é menor, sem volatilização de nitrogênio, que é um gás mais danoso que o gás carbônico”, afirma.
Hoje, o foco da Café Brasil é a produção de café, especialmente em Minas Gerais.
O objetivo da GEF é ampliar a atuação geográfica da companhia e também ampliar a venda para outras culturas, como grãos e cítricos.
Na tranche primária, o capital será usado para pesquisa e desenvolvimento para lançamento de novos produtos, aumento de capacidade produtiva e eventuais aquisições que complementem a atuação da empresa.
A GEF tem a opção de aumentar sua participação acionária futuramente, conforme a negociação fechada.
“Com esse primeiro investimento, nossa intenção é construir uma plataforma de ativos sustentáveis de agro”, diz Alvim.
“Há um tempo buscávamos negócios nessa área, que estivessem alinhados com nosso objetivo de montar um portfólio de companhias que unam impacto positivo e retorno financeiro e ainda não tínhamos encontrado.”
Os recursos do aporte vêm do fundo de R$ 300 milhões que a GEF captou em 2019 para investimento no país e que tem ainda cerca de 20% para novas aquisições ou aporte no caixa das companhias do portfólio.
A GEF tem em carteira companhias ligadas ao setor de energia.
Nos últimos 12 meses, fez dois desinvestimentos, com a venda de participação da companhia de construção sustentável Tecverde e na companhia de logística AGV.
Fonte: BVMI – Maria Luíza Filgueiras
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