Valor de mercado da companhia já atingiu R$ 1,47 bilhão
A Sapore, fornecedora de refeições para empresas, prepara uma oferta para comprar a IMC, dona do Viena, do Frango Assado e da RA Catering. A intenção é oficializar a oferta ainda neste mês. Até o momento, o plano desenhado envolve a criação de uma empresa única, com a incorporação da Sapore pela IMC, com troca de ações entre as empresas.
Alternativas têm sido buscadas para tornar o negócio atrativo aos acionistas da IMC. Pela proposta em discussão na Sapore, Daniel Mendez, seu fundador e presidente, se tornaria o controlador da nova companhia. Pretende-se manter o presidente da IMC, Newton Maia, no comando executivo da empresa combinada, segundo fonte a par do assunto.
A estrutura pensada prevê ainda Mendez como presidente do conselho de administração da nova operação – o atual presidente do colegiado é Patrice Etlin, que comanda a empresa de private equity Advent. A Sapore está sendo assessorada pela Riza Capital.
Como prêmio, a proposta é pagar um dividendo especial, com o objetivo de tornar o negócio atrativo ao acionista.
O valor de mercado da IMC, após fechamento do pregão na sexta-feira, atingiu R$ 1,47 bilhão.
Na terça-feira passada, o conselho de administração da Sapore aprovou a realização de uma oferta pela IMC, considerada um negócio atrativo para seu plano de expansão, especialmente depois que a IMC se tornou uma companhia de capital pulverizado, ou seja, sem controlador definido, o que a deixou mais vulnerável. Cerca de 90% das ações da IMC estão em circulação no mercado e os 10% restantes com a Advent.
Dentro desses 90% estão a gestora Kabouter Management, com 7,8%, e o fundo British Columbia Investment Management Corporation, com 6,8%. Em novembro, uma oferta de ações da IMC foi a porta de saída parcial da Advent da operação. A gestora se desfez de mais de 70% de seus papéis.
O Jornal Valor apurou que no ano passado, antes da saída parcial da Advent, a Sapore já teria sinalizado para sócios da empresa o interesse em um acordo, por meio de bancos interessados em assessorar uma transação.
Não houve avanço nesse sentido. Segundo uma fonte com conhecimento da operação, a intenção hoje é oferecer um proposta inicial já em condições de avançar com a negociação.
Uma oferta teria que ser apresentada ao conselho da IMC, que pode estar de acordo ou não com as condições oferecidas, antes de ser levada a uma assembleia geral de acionistas.
Se as conversas evoluírem, a Sapore entra no mercado de varejo de restaurantes, com várias sinergias com o atual modelo de operadora de restaurantes corporativos, e pode avançar no seu plano de internacionalização – considerando que a IMC já tem uma operação fora do Brasil, nos Estados Unidos e no Caribe.
Após processo de crescimento que aumentou o endividamento, a IMC voltou a ter alta no lucro neste ano, com ajustes que têm trazido resultados. A IMC tem vendas líquidas estimadas pelo mercado em R$ 1,6 bilhão em 2017, para um lucro antes de juros, impostos e amortização previsto de R$ 130 milhões a R$ 140 milhões. A empresa lucrou quase R$ 20 milhões de janeiro a setembro.
A Sapore só tem dados publicados de 2016, com vendas líquidas de R$ 1,45 bilhão naquele ano. Para 2017, previa alta de 15% a 20%, com a receita líquida atingindo R$ 1,7 bilhão (próximo do montante da IMC). O Ebidta de 2016 foi de R$ 111,3 milhões, alta de 110%, com lucro líquido de R$ 32,2 milhões, 126% de alta sobre o ano anterior.
Fonte – BVMI – Juliana Schincariol e Adriana Mattos/VALOR
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