A Sascar, empresa do grupo Michelin especializada em gestão de frotas e rastreamento de veículos e cargas, vai investir cerca de R$ 100 milhões em cinco anos, sobretudo no desenvolvimento de novas tecnologias. O plano prevê dobrar a receita da companhia nesse período, para aproximadamente R$ 700 milhões, com a ampliação da oferta de produtos e serviços no mercado nacional e a internacionalização dos negócios.
Adquirida pela Michelin em 2014, por € 440 milhões, a companhia brasileira cresceu 6% em 2016. Para 2017, a expectativa é de expandir as receitas em 14%. Gilson Santiago, presidente da Sascar, afirma que o Brasil continuará sendo o principal motor de crescimento nos próximos anos, mas que o plano de expansão passa pela entrada em novos mercados, com foco na América Latina.
O mercado brasileiro responde hoje por 99% do faturamento da Sascar, que somou cerca de R$ 350 milhões em 2016. Santiago estima que perto de um terço do avanço dos próximos cinco anos virá da internacionalização. A empresa iniciou no ano passado suas operações no México e pretende entrar em mais um país latino-americano este ano.
“Como a companhia é forte no mercado nacional e tivemos um crescimento importante nos últimos anos, a hora agora é ir para fora do país. Já temos base consolidada importante, mas, para poder dobrar de tamanho, temos que ir a outros mercados”, disse Santiago.
No Brasil, o crescimento deverá ser sustentado pelo aumento da base de clientes e pela diversificação do mix de produtos e serviços fornecidos àqueles que já contratam a companhia. Atualmente, a Sascar tem 240 mil veículos monitorados, sendo 165 mil caminhões – seu principal mercado. Santiago conta que cerca de 30% dos clientes consomem apenas o serviço de rastreamento de veículos e poderiam utilizar outros produtos.
Segundo o executivo, um dos principais lançamentos da companhia é o “Carreta Conectada” – um pacote de serviços que inclui desde a tecnologia de rastreamento de cargas à gestão de produtividade e segurança no transporte, capaz de identificar, por exemplo, excessos de velocidade e controlar a temperatura e pressão dos pneus.
Santiago reconhece que captar novos clientes num momento de retração econômica é um desafio a mais. Mas diz que aposta na necessidade das transportadoras de aumentar seus índices de eficiência operacional, num contexto de menor geração de caixa.
“É sempre difícil num momento de retração econômica vender valor agregado, mas para aquelas empresas que estão preocupadas em otimizar a eficiência ou segurança da carga e do uso do caminhão, podemos demonstrar o valor dos nossos serviços”, afirmou. Além de rastreamento, a empresa fornece ferramentas de gestão de frotas, como acompanhamento on-line das atividades diárias de motoristas, controle de tempo de chegada e saída de carretas e do peso das cargas transportas.
“Um pequeno cliente vai ter necessidade de segurança da carga. Uma empresa com 100, 200 veículos está muito preocupada em gerir todo o ecossistema em torno dos seus caminhões: pneus, combustível, motores. Essa necessidade aumenta o tíquete médio dos nossos serviços”, acrescenta.
Santiago explica que existe uma perspectiva de aumento no fornecimento a transportadores autônomos – aqueles que detém de um a dez caminhões. Segundo ele, esse segmento possui entre 200 mil e 300 mil clientes potenciais.
Fonte – BVMI – Leandro Munhoz – André Ramalho/Valor
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