SIEMENS planeja antecipar investimento de R$ 2,2 Bilhões neste ano

SIEMENS planeja antecipar investimento de R$ 2,2 Bilhões neste ano

Meta traçada em 2015 era dobrar de tamanho no país até 2020 e somar receita de R$ 10 bilhões

Otimista com suas operações no Brasil, a Siemens avalia antecipar os investimentos que tem projetados para o país até 2023. O grupo já desembolsou quase metade do € 1 bilhão previstos no plano traçado em 2018, e vê espaço para acelerar os aportes diante das boas perspectivas para o setor de energia, sua principal aposta por aqui.

A tendência é que o crescimento da multinacional na área se dê principalmente através de grandes projetos, nos quais atua não só como fornecedora de equipamentos, mas também nos papéis de construtora, operadora e até mesmo sócia dos empreendimentos.

O CEO do grupo no Brasil, André Clark, avalia que o bom momento para os negócios em energia reflete a transição da matriz brasileira, com aumento da participação das fontes renováveis, e a promoção do mercado brasileiro de gás.

De acordo com ele, esses dois movimentos elevaram a procura por projetos mais sofisticados tanto na ponta do consumo quanto na geração, distribuição e transmissão de energia.

O executivo conta que a Siemens tem sido cada vez mais demandada por negócios de “Energy as a Service”, no qual os clientes contratam soluções completas e integradas de eficiência energética.

Um exemplo disso é a parceria fechada no ano passado com a Braskem para modernização do sistema elétrico da central petroquímica localizada no polo de ABC, em São Paulo.

Pelo acordo, as duas empresas devem investir um total de R$ 600 milhões na troca de turbinas a vapor por motores elétricos e na instalação de uma usina de cogeração, que consumirá gás residual do processo produtivo da petroquímica.

Segundo Clark, projetos como esse da Braskem, que exigem uma presença muito maior da Siemens, devem se tornar cada vez mais comuns na atuação do grupo no país. Também são eles que deverão consumir a maior parte dos investimentos programados até 2023.

Em março de 2018, a multinacional assinou um memorando de entendimentos com a Agência Brasileira de Promoção de Investimentos e Comércio (Apex-Brasil) para investir € 1 bilhão (equivalentes a R$ 3,5 bilhões, pelo câmbio da época) no período de cinco anos.

Até agora, os investimentos atingiram R$ 1,4 bilhão e foram concentrados principalmente na parceria com a Braskem e em dois projetos de termelétricas.

O primeiro é o Gás Natural Açu (GNA 1), no Porto de Açu (RJ), no qual a Siemens se associou à Prumo Logística e à petroleira BP na construção e operação de uma térmica a gás natural com 1,3 gigawatt (GW) de potência.

O outro é a usina de Coari (AM), projeto em que atua por meio de duas controladas em conjunto com a Eletrobras Distribuição Amazonas.

Entre os motivos para o maior interesse dos investidores em energia, o executivo cita a estabilidade da regulação do setor, o crescimento de fontes renováveis – principalmente no mercado livre -, e a mudança do planejamento energético brasileiro, que passa a exigir, por exemplo, a regionalização de infraestruturas como sistemas de transmissão.

O presidente da Siemens no Brasil destaca ainda o impulso ao desenvolvimento do gás natural, antes encarado como algo conjugado ao mercado de óleo.

Os projetos nessa área devem surgir em grandes blocos, diz o executivo, o que tende a proporcionar “saltos” significativos na carteira de pedidos e em faturamento.

Diante desse cenário positivo, a Siemens está perto de concretizar a meta, traçada em 2015, de dobrar de tamanho no Brasil até 2020. O objetivo é atingir R$ 10 bilhões de faturamento líquido até setembro, quando encerra o ano fiscal – e a companhia diz estar próxima disso.

No exercício de 2019, o grupo fechou com faturamento líquido de R$ 7 bilhões, superando em 12% o obtido no ano fiscal de 2018. Já a entrada de pedidos atingiu a casa dos R$ 11 bilhões, valor 36% maior do que o do ano anterior e 120% superior ao de 2015, quando a empresa se comprometeu a dobrar os negócios no país.

Além das boas perspectivas no setor de energia, a multinacional também vem assistindo a uma melhora no segmento industrial, seja para expansões greenfield (projetos novos), seja para reforma dos parques industriais.

A expectativa é de que esses movimentos ganhem tração em 2020, acompanhando a retomada firme da atividade econômica.

Ainda neste ano, o país deve encaminhar dois temas que, segundo o presidente da Siemens, têm potencial para alavancar o crescimento do PIB brasileiro e trazer mais negócios à companhia. O primeiro deles é a capitalização da Eletrobras, maior empresa elétrica da América Latina.

“A maior participação do setor privado [na Eletrobras] irá acelerar ainda mais os investimentos em energia – e o investidor brasileiro está se mostrando ávido em participar desse jogo”, diz Clark.

O executivo aponta como sinal positivo nessa direção a estreia de um fundo da Perfin voltado para projetos de geração e transmissão de energia, em uma oferta que levantou R$ 1 bilhão e teve demanda de quase R$ 3 bilhões.

A segunda pauta é o novo marco regulatório de saneamento, que pode inaugurar nova fronteira de investimentos em “infraestrutura de cidades”, aqueles regulados de forma subnacional envolvendo áreas como saúde e mobilidade urbana.

O grupo alemão tem uma empresa dedicada a esse segmento, a Siemens Smart Infrastructure, que conecta sistemas de energia, tecnologia predial e indústrias.

Questionado sobre o cenário macroeconômico, o presidente da multinacional no Brasil se diz otimista com a agenda de reformas, especialmente com uma simplificação tributária, que, em sua visão, poderia ser implementada sem grandes esforços e no curto prazo.

Já entre os riscos no horizonte, o executivo ressalta a área ambiental, na qual o governo tem se posicionado com discursos que “jogam contra” uma vantagem comparativa do país em relação ao mundo, avalia.

“Isso tem nos preocupado bastante, porque afasta capital justamente num momento em que tentamos atraí-lo para os nossos projetos de infraestrutura.”, finaliza.

FonteBVMI – Letícia Fucuchima

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