DEMANDA por produtos da COMPANHIA continuam com CRESCIMENTO acima da MÉDIA histórica em mercados como AMÉRICA DO NORTE e EUROPA
A equipe do BVMI confirmou com o presidente da companhia Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, que mesmo com boas perspectivas para a produção e vendas de celulose, a indústria se diz “cautelosamente otimista”.
Segundo Schalka existem ainda algumas incertezas em relação às novas ondas de covid-19 em outros países, que podem prejudicar os negócios para o próximo ano.
No entanto, os investimentos para este ano, estão confirmados, mesmo não havendo uma decisão em definitivo sobre os valores que serão praticados no próximo ano.
Até o momento a expectativa para o decorrer de 2020 é que os investimentos diretos fiquem entre R$ 4,2 bilhões e R$ 4,3 bilhões.
Os clientes que utilizam o Projeto OObi e que estão realizando dezenas de negócios com a empresa em meio a centena de projetos ativos, confirmam que os cronogramas de investimentos vem sendo cumpridos sem nenhum tipo de problema e que sim, existe internamente um estudo para a construção de uma nova unidade industrial em região já praticamente definida.
Se os movimentos de mercado continuarem no caminho atual, a Suzano tem um projeto interno em estudos para uma expansão orgânica, com a construção de uma nova fábrica, mas ainda não há data para que isso ocorra, de acordo com Schalka.
“Dada a nossa disciplina financeira, estamos sendo mais cautelosos na aprovação de novos investimentos”, disse o executivo.
O BVMI também confirmou que a companhia só deverá voltar a fazer novos investimentos de crescimento quando a alavancagem estiver abaixo de 2,5 vezes a relação dívida líquida e a geração de caixa.
Apesar da redução na comparação com o trimestre anterior, o resultado ainda está bem longe disso, atualmente 5,1 vezes.
O presidente da empresa está analisando de forma criteriosa o andamento dos mercados externos, diante das ações relativas a pandemia, ainda de acordo com ele:
“Há expectativa em relação aos negócios com a China. No terceiro trimestre, a rápida retomada das atividades econômicas no país favoreceu, de acordo com a empresa, o gradual aquecimento da demanda por papéis de imprimir e escrever, especialidades e, especialmente, por papéis sanitários. E os preços aumentaram US$ 20 em outubro, para US$ 470 a tonelada. “Os novos contratos já foram fechados com esse valor”.
Segundo informações validadas internamente na companhia pelo BVMI, o volume de demanda por papéis sanitários continuou demonstrando crescimento acima da média histórica em mercados como América do Norte e Europa.
Papéis para embalagens continuaram tendo desempenho positivo, acompanhando os novos hábitos de consumo, como o e-commerce.
Mesmo com a Suzano apresentando um prejuízo líquido de R$ 1,16 bilhão no terceiro trimestre, o resultado negativo foi 65% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.
A geração de caixa ficou em R$ 3,8 bilhões, bem acima das expectativas de analistas. De acordo com a análise da Eleven Financial, o balanço da Suzano mostra duas realidades distintas da área operacional e da financeira.
Em suas operações, a melhora do resultado mesmo com volume estável mostra que a companhia está captando as sinergias de sua fusão com a Fibria.
Nas finanças, novas perdas com derivativos mantêm a preocupação com a estrutura de capital.
Segundo o BTG Pactual, mesmo com um ciclo desfavorável no mercado de papel e celulose, a Suzano continua entregando resultados mais fortes do que o esperado, o que aumenta a confiança na melhoria da operação da empresa e torna “uma questão de tempo” a redução da dívida, hoje em R$ 16,4 bilhões.
Fonte: BVMI – OESP
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