Usiminas vai investir R$ 500 milhões em 2018

Usiminas vai investir R$ 500 milhões em 2018
Investimento é mais que o dobro dos R$ 216 milhões de 2017

A Usiminas prevê investir 500 milhões de reais em 2018, mais que o dobro dos 216 milhões de 2017, e avalia ampliar sua capacidade de produção de aços galvanizados em meio a um forte crescimento da indústria automotiva, afirmaram executivos da companhia ao BVMI na última semana.

“A expectativa para 2018 é de 500 milhões, valor que inclui 150 milhões que deixaram de ser utilizados em 2017”, disse o vice-presidente financeiro da Usiminas, Ronald Seckelmann.

O presidente da Usiminas, Sergio Leite, disse que a empresa iniciou estudos para ampliar produção de aços galvanizados na usina de Ipatinga (MG). Segundo ele, em 2017 as duas linhas de galvanização “HDG” da Usiminas na cidade, com capacidade de cerca de 900 mil toneladas, operaram próximas da plena carga.

“Em 2017, o setor automotivo teve crescimento significativo. Temos condição de atender o setor. Para isso, reduziríamos exportação, envios para setores não automotivos e podemos aumentar a produtividade da linha de eletrogalvanizados”, disse o executivo.

“Iniciamos também estudos preliminares para discutir uma nova linha de galvanizados”, afirmou Leite.

Em 2017, o setor automotivo, um dos maiores consumidores de aços galvanizados do país, elevou a produção em 24 por cento sobre 2016. Em janeiro, a produção do setor subiu quase 25 por cento sobre um ano antes.

Lembrando que Ternium e Nippon chegaram a um acordo recente sobre a Usiminas após quatro anos de brigas que pareciam não ter fim.

As empresas confirmaram um acordo de governança para a Usiminas, assim como compromissos para resolução dos litígios judiciais em curso. Na prática, as empresas mesclaram sugestões antigas de ambas para alcançarem uma resolução.

Uma delas foi sugerida pela Nippon, que foi a alternância para a indicação do presidente executivo e do presidente do conselho de administração da Usiminas. Uma sugestão da Ternium feita há dois anos foi a adoção de mecanismos de saída para os sócios. Ambas estão no acordo.

A Ternium havia admitido que aceitaria a alternância de poder, desde que o mecanismo de saída fosse adotado. Na época, a Nippon, contudo, rebateu a proposta e disse que não a aceitaria, por considerá-la contra os interesses da Usiminas.

Isso porque na sua opinião a cláusula de saída tratava-se de uma espécie de “roleta russa”, e que caso essa cláusula fosse ativada a companhia compradora pagaria mais pelas ações do que seu valor de mercado, fazendo que decisões de curto prazo na Usiminas fossem tomadas para recuperar o valor investido.

Em relação à alternância das indicações, a regra também valerá para a diretoria – três nomes serão indicados por cada sócio, a cada quatro anos. Nessa primeira rodada os nomes já foram selecionados.

A Ternium pretende manter Sergio Leite na presidência executiva e a Nippon Steel deve indicar Ruy Hirschheimer para presidente do conselho de administração.

Com o acordo, será encerrada uma série de ações na Justiça na qual a Nippon Steel tentava conduzir o ex-presidente Rômel de Souza, que foi demitido pelo conselho de administração e substituído por Sergio Leite.

Fonte – BVMI – Reuters – OESP

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