Roche irá investir R$ 192 milhões até 2020

Roche irá investir R$ 192 milhões até 2020
Investimento ocorrerá na modernização e ampliação de sua fábrica em Jacarepaguá-RJ

A suíça Roche pretende intensificar a partir do ano que vem as exportações de sua fábrica em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

A companhia farmacêutica acaba de concluir um primeiro ciclo de investimentos em infraestrutura e tecnologia, de R$ 108 milhões, para ajustar os processos produtivos da unidade aos padrões internacionais de qualidade. Até 2020, são esperados mais R$ 192 milhões na modernização e ampliação da fábrica.

O presidente global da divisão farmacêutica da Roche, Daniel O’Day, conta que a fábrica de Jacarepaguá terá sua capacidade de produção ampliada em 10% até o fim de 2017. E destaca que a ideia é transformar a unidade num centro de exportação, tanto para a América Latina quanto para outras regiões.

“Estamos trazendo essa fábrica para o padrão global, porque o que queremos é exportar não só para a América Latina, como também para Europa e Ásia. Vamos usar essa fábrica como um distribuidor global”, disse o executivo, durante visita ao Brasil para acompanhar a conclusão da primeira fase de investimentos na unidade.

Até 2018, a previsão da multinacional suíça é aumentar em 20% o volume de exportações. Atualmente, a companhia exporta do Brasil cerca de 16 milhões de unidades para toda a América Latina e para a Itália ­ o equivalente a cerca de 35% do volume produzido em Jacarepaguá. A ideia, contudo, é aumentar o percentual para 40% a partir de 2018.

O’Day explica que a fábrica carioca se tornará a partir de 2017 um hub global de exportação do antibiótico Bactrim. A empresa espera aumentar, também, os volumes de embarques de, entre outros remédios, o Rivotril (controle de convulsões) e o Prolopa (para tratamento de Parkinson).

Presidente global da divisão farmacêutica da Roche, Daniel O’Day.
Presidente global da divisão farmacêutica da Roche, Daniel O’Day.

Desde o ano passado, a Roche já investiu R$ 108 milhões para ajustar a fábrica aos padrões internacionais. Os recursos foram destinados, entre outras áreas, na automatização dos processos e na nova linha de produção dos frascos de Prolopa, com o objetivo de melhorar o controle e velocidade no processo de acondicionamento.

Até o fim de 2017, serão investidos mais R$ 75 milhões na fábrica, com foco na melhoria da linha de produção. “Ganhar produtividade é um dos pontos-­chaves para nos tornarmos fornecedores globais”, disse O’Day.

Segundo o executivo, o mercado brasileiro é “um bom lugar para fazer negócios”. Mesmo diante do cenário de retração econômica e de crise fiscal no país, a companhia mantém o otimismo com o Brasil, 7ª afiliada da Roche que mais cresce e que responde por cerca de 40% das vendas na América Latina.

“Estamos confiantes de que o Brasil continuará a crescer de novo. Nós tomamos decisões de longo prazo. Quando fazemos investimentos em infraestrutura e fabricas, fazemos investimentos para décadas, não para um par de anos”, afirmou O’Day, acrescentando que a decisão de aumentar as exportações não está ligada, necessariamente, à desaceleração da demanda do mercado interno.

Para 2016, a expectativa da empresa é manter a trajetória de crescimento no Brasil, ainda que em patamares inferiores aos do ano passado. A multinacional projeta um aumento de 5% nas receitas no país, para algo em torno de R$ 2,73 bilhões ­ menos do que o aumento de 10% registrado em 2015.

A desaceleração é atribuída pela empresa, em parte, à crise fiscal do governo brasileiro e à redução do número de pessoas assistidas por planos de saúde, devido ao aumento do desemprego no país.

No setor público, responsável por 34% dos negócios da Roche no Brasil, a empresa tem observado uma redução nos estoques do governo ­ numa sinalização de que arrefeceu o ritmo de compras centralizadas pelo Ministério da Saúde.

Para continuar a crescer no país, a Roche aposta também no lançamento de novos produtos. Para 2016, a empresa aguarda a aprovação de uma nova molécula para tratamento de câncer de pele do tipo basocelular, enquanto para 2017 a previsão é lançar um medicamento imuno­-oncológico para o tratamento do câncer de bexiga.

Fonte – BVMI – Licio Melo – André Ramalho/VE

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