Após paralisar os projetos de expansão nos dois últimos anos, o Hospital Sírio-Libanês retoma os investimentos em 2017. Neste ano, serão aplicados R$ 200 milhões em várias áreas do hospital como centro cirúrgico, laboratórios de medicina diagnóstica, tecnologia, entre outras.
Do total a ser aplicado neste ano, R$ 40 milhões foram destinados à ampliação do centro de endoscopia que a partir de hoje passa a funcionar com um tamanho quatro vezes maior. Os recursos foram usados para compra de equipamentos e infraestrutura.
Segundo Paulo Chapchap, CEO do Hospital Sírio-Libanês, a retomada dos investimentos não deve-se exclusivamente à projeção de recuperação da economia do país. O motivo está muito mais relacionado a questões epidemiológicas. “Nossa população está envelhecendo, além disso, as pessoas que fazem tratamentos para câncer e cardiologia estão sobrevivendo mais, o que demanda mais serviços hospitalares”, disse. O Sírio é um dos hospitais com melhor expertise em oncologia.
Nos dois últimos anos, foram feitos investimentos para manutenção do hospital e não para expansão como está ocorrendo agora. O centro cirúrgico, por exemplo, vai ganhar nos próximos meses 14 novas salas para realização de cirurgia. Em 2016, foram aplicados R$ 77 milhões e em 2015, R$ 158 milhões. Antes disso, em 2014, quando o projeto de expansão da nova torre do Sírio-Libanês estava em andamento, o investimento feito foi de R$ 286 milhões.
Em relação a novos leitos hospitalares, Chapchap ainda mostra-se conservador. A previsão é que sejam abertos 32 novos leitos no decorrer deste ano. Em 2014, o Sírio passou por uma grande expansão e a estimativa na época era chegar ao fim do ano passado com 656 leitos, mas hoje há disponíveis 469 unidades para internação. Essa revisão nas projeções é reflexo da crise econômica que, em dois anos, fez cerca de 2,5 milhões de pessoas perderem o convênio médico.
Além desses aportes, o Sírio está investindo também neste ano cerca de R$ 200 milhões em projetos ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Esse valor representa a imunidade tributária do hospital, que é filantrópico. Os recursos serão usados em projetos definidos pelo Ministério da Saúde.
No ano passado, o Sírio-Libanês registrou receita de cerca de R$ 2 bilhões, o que representa um crescimento de 18,5% sobre 2015. O superávit saltou de R$ 86 milhões para R$ 258 milhões por conta do crescimento do hospital, ganho de eficiência operacional e variação cambial.
Há ainda outros projetos sob análise como a construção de hospitais e centros de consultórios em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Estes projetos haviam sido desenhados antes da crise econômica e foram revistos ao longo dos últimos dois anos.
Fonte – BVMI – Leandro Munhoz – Beth Koike/Valor
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