Basf investe R$ 25 milhões e retoma projetos em capacidade produtiva

Basf investe R$ 25 milhões e retoma projetos em capacidade produtiva

Objetivo é ampliar a estrutura de fabricação de tintas imobiliárias da companhia

A expectativa de crescimento da economia levou a Basf – líder do segmento de tintas imobiliárias com as marcas Suvinil e Glasurit – a retomar investimentos em ampliação da capacidade no segmento.

Recentemente, a empresa deu início ao investimento de R$ 25 milhões para elevar a capacidade de produção de tintas de alvenaria para paredes, em São Bernardo do Campo (SP).

É a primeira fase de um conjunto de iniciativas para ampliar a estrutura de fabricação de tintas imobiliárias da empresa.

Embora se trate de número “um pouco tímido”, segundo o vice-presidente da Basf de Tintas Decorativas da América do Sul, Marcos Allemann, o investimento representa a retomada de desembolsos para aumentar a capacidade da Suvinil.

O último investimento em tintas imobiliárias ocorreu há sete anos. Sem revelar os recursos direcionados para crescimento, o vice-presidente conta que os R$ 25 milhões da primeira fase representam menos de um terço do total. Os investimentos a serem feitos nas fases seguintes serão concentrados em São Bernardo do Campo.

A empresa também produz tintas imobiliárias em Jaboatão dos Guararapes (PE). Segundo o executivo, a Basf tem capacidade instalada para produzir 330 milhões de litros dessas tintas, ante um mercado de 1,28 bilhão de litros.

De janeiro a setembro, as vendas da Basf no segmento cresceram 5% em volume, patamar esperado para o acumulado do ano. Allemann diz que a expansão do faturamento será de pelo menos esse patamar.

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) projeta aumento de 1% a 1,5% do volume vendido em 2019. A projeção inicial para 2020 é de alta de 5% a 10% em volume.

Em 2018, a empresa elevou suas vendas de tintas imobiliárias em menos de 2%. A expansão ficou um pouco abaixo da esperada, segundo o executivo, como consequência do reflexo do período eleitoral na confiança do consumidor. A comercialização de produtos para o varejo continua a ser o principal vetor de crescimento.

Desde o quarto trimestre do ano passado, os lançamentos imobiliários apresentam alta expressiva, mas as encomendas de tintas para um empreendimento costumam ocorrer somente de 12 a 18 meses após sua apresentação ao mercado, o que significa que essa demanda tende a aumentar a partir de 2020.

Allemann prefere não estimar quando começará a haver mais procura por tintas para obras de infraestrutura, o que depende de os projetos do segmento saírem do papel.

Mais de 75% das vendas da Suvinil são de produtos lançados nos últimos cinco anos – dez lançamentos foram feitos nos últimos 12 meses. O maior crescimento tem ocorrido no segmento intermediário de produtos, entre o econômico e o “premium”.

Em 2018, os investimentos em marketing ultrapassaram R$ 200 milhões, enquanto os aportes em reposicionamento da marca chegaram a R$ 140 milhões. A empresa busca “simplificar a jornada do consumidor” com ofertas mais assertivas, direcionadas para necessidades específicas e maior uso de ferramentas digitais.

Outra aposta para elevar vendas é o comércio eletrônico, que hoje responde por 3% a 4% do total, ante 1% em 2017.

Em março, a Basf reajustou os preços das tintas imobiliárias de 3% a 4%. Não há novos aumentos previstos para este ano, mas pode ser necessário algum repasse caso a pressão de custos de matérias-primas dolarizadas supere o esperado, de acordo com Allemann.

Globalmente e considerando-se todos os setores de atuação, a Basf investiu € 2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, no ano passado, o correspondente a 3% da receita.

FonteBVMI – Chiara Quintão

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